segunda-feira, 1 de junho de 2015

Soneto de Paranóia

Abri os olhos dentro do escuro constante
Cantado por vozes impacientes
Elas me perseguem, medo, instante
Exigem respostas não existentes.

Movimentei para o passo, nada
Procurei incessante uma visão
Instante, atrás de um ar que nada
Tu, parada, eles, procurar-te-ão.

Inspirei aquele veneno diário
Para viver sem desespero páreo
Já fraco, deixo de lado o horário.

Parei. Ponto final tão inútil
Não sou quem escolheria, fútil

E sim, eles, que não nos abandonam

3 comentários:

  1. Muito expressivo! Gostaria de te ouvir recitar

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  2. Intelectual. Usa as palavras com a intenção de, antes de ser entendido, ser raciocinado, procurando encontrar as relações entre as palavras e a intenção do autor.Merece ser compreendido, para ser admirado e depois, amado.

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  3. Depois da poesia do autor (muito boa, certamente ainda não muito compreendida por mim) veio a Vô - um comentário poético a parte! Parabéns Filhão! Abs Meri e Lucas!

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